Ao contrário, todo mundo poderia e deveria utilizar o testamento, uma ferramenta valiosa no processo de sucessão patrimonial e nos cuidados com os filhos
Não é só rico que pode ou deve preparar um testamento. Muito menos somente quem tenha posses, bens, móveis, imóveis ou quem tenha idade avançada. Ao contrário, todo mundo poderia e deveria utilizar o testamento, uma ferramenta valiosa no processo de sucessão patrimonial e nos cuidados com os filhos, independentemente da idade ou da situação financeira. A dica é do advogado Jossan Batistute, especialista em sucessão patrimonial e familiar, sócio do Escritório Batistute Advogados.
“Muitas vezes, é comum ouvir que o testamento é algo de interesse de idosos ou ricos, mas não é assim e temos visto isso cada vez mais no dia-a-dia, pois pessoas de idades variadas e sem muitos bens têm recorrido ao testamento para trazer diversas previsões quanto às soluções que deseja a respeito da transmissão do patrimônio em herança, bem como para direcionar a guarda dos filhos em caso de falta dos pais”, ressalta o advogado Batistute.
O advogado aponta como benefícios e soluções por meio de um testamento tanto o direcionamento de parte ou da totalidade dos bens em caso de falecimento, a nomeação de tutores ou guardiões para os herdeiros menores de idade em caso de falta dos pais, a designação de guardiões dos animais de estimação e garantir que os entes queridos sejam cuidados da maneira desejada pelo testador. “Um testamento claro e bem redigido pode ajudar a evitar disputas entre familiares sobre a distribuição dos bens, minimizando conflitos e garantindo que suas vontades sejam respeitadas, além de dar soluções a possíveis problemas. E fazer valer a vontade da pessoa, mesmo após o falecimento dela”, ressalta o advogado.
Além disso, o testamento pode ajudar a economizar tempo e dinheiro. “Sem um testamento, os bens podem ficar presos em processos legais complicados, o que pode resultar em custos financeiros e emocionais para os herdeiros. Um testamento bem planejado pode agilizar o processo e reduzir esses custos”, pondera Batistute. O especialista afirma que até mesmo senhas de contas bancárias, direitos autorais de músicas, além de perfis em redes sociais, inclusive os que têm monetização, podem ser disciplinadas em um testamento, assim como o desejo de distribuir bens e doações às instituições de caridade. “Um testamento é a maneira de garantir que esses desejos sejam cumpridos.”
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